Quase uma década sem o boi Bandido. O touro mais temido do Brasil morreu em janeiro de 2009, mas o memorial erguido no Parque do Peão ainda é um dos locais mais visitados. Quem conheceu a fama do animal não dispensa uma passada para uma foto junto à estátua do touro, que também atrai as crianças.  O administrador de empresas Aldeir Bellodi trouxe os filhos que nem eram nascidos quando o touro morreu. “A história dele é impressionante e jamais vai ser esquecida. Eu conto pros meus filhos o que ele significou para a cultura do rodeio, o que eu não sei eles buscam na internet”, conta Aldeir depois de uma sessão de fotos com as crianças ao lado da estátua.

Já o locutor de rodeios Almir Cambra, com 24 anos de profissão, teve a sorte de acompanhar e, de muito perto, quase toda a história do touro Bandido. “Eu narro rodeios em Barretos há 19 anos. Sei que ele era mesmo diferenciado, difícil de montar e de um temperamento único porque foi domado por uma só pessoa”, analisa o locutor que sente falta da adrenalina que o touro transmitia durante as competições.

Maria Aparecida dos Santos também aproveitou a vinda à Barretos para tirar uma foto com a família junto ao memorial. Ela teve a oportunidade de ver uma apresentação do boi Bandido. “Eu fiquei emocionada, gostava de ver o bandido pela televisão, mas de perto a emoção foi maior”, contou a visitante que, na verdade, teve o privilégio de estar na última apresentação  do touro.

Bandido ganhou fama dentro e fora das arenas de competição. Ele foi parar na tela da TV em 2005, quando participou da novela América, de Glória Perez, que retratava a cultura dos rodeios. “Bandido era rei, nos pastos e nas arenas. Impossível não se impressionar com ele, encarava a gente com a tranqüilidade e superioridade de quem detém todos os poderes. E detinha mesmo: ninguém se vangloria de ter ficado sequer oito segundos em cima de seu lombo”, escreveu a novelista Glória Perez nestas poucas linhas eternizadas no memorial dedicado ao touro mais temido que o Brasil já conheceu.