A cantora e apresentadora Inezita Barroso morreu na noite deste domingo, dia 8, aos 90 anos. Inezita estava internada desde 19 fevereiro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ela deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

Em dezembro, a cantora foi hospitalizada após cair dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão/SP. O velório da cantora está sendo realizado nesta segunda-feira, dia 9, na Assembleia Legislativa de São Paulo e o sepultamento está previsto para às 17h, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital.

Inezita Barroso é considerada uma das principais cantoras da música sertaneja brasileira e a mulher que mais popularizou este estilo pelo país. É reconhecida como a mais antiga e mais importante expressão artística da música caipira. Ela nasceu em São Paulo, em 4 de março de 1925, e fez carreira no rádio e na televisão, além de passagens pelo cinema e teatro, onde atuou e produziu espetáculos musicais. Doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, em novembro de 2014, foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras.

Inezita apresentou por 30 anos o programa “Viola, minha viola”, que era exibido pela TV Cultura, outra grande referência da música raiz.

“Inezita Barroso sempre foi uma referência na cultura sertaneja de um modo geral porque ajudou a popularizar a música raiz, a trazê-la para as novas gerações e perpetuá-la com maestria a todos os apaixonados pelo gênero. Sempre foi respeitada e até por isso alcançou um patamar bastante exclusivo de influência na nossa música sertaneja. Uma grande perda”, lamentou Jerônimo Luiz Muzetti, presidente de Os Independentes.